A Science of Not Knowing

by John E. Mack, M.D.

Despite official skepticism and even cynicism in media, government, and scientific circles, it must be evident to many Americans that something extraordinary – at least from the standpoint of the Western worldview – is going on. No conventional explanation for the thousands of reported cases of encounters with alien beings has been sufficient, and this remains true in spite of the fact that the experiencers themselves would, with rare exceptions, welcome any explanation other than that they are being visited without their permission by humanoid creatures from another place.

Yet the debate that is devoted to the UFO abduction phenomenon remains focused largely on the question of whether or not it is real in the strictly physical sense. Some skeptics even claim or imply that, insofar as the physical evidence for the reality of the phenomenon does not meet standards of scientiÞc proof, we can presume for practical purposes that it does not exist at all.

But what if the phenomenon were subtle in the sense that it may manifest in the physical world, but derive from a source which by its very nature could not provide the kind of hard evidence that would satisfy skeptics for whom reality is limited to the material? If so, might we not be losing an opportunity to learn and grow as a species by remaining so wedded to an epistemology of physical proof?

What if, instead, we were to acknowledge that the abduction phenomenon is intrinsically mysterious and, ultimately, beyond our present framework of knowledge? What if we were to admit our puzzlement before this mystery?

Might not such an attitude of humility become, paradoxically, a way to enlarge upon what could then be learned? Is it possible that adopting an open attitude could result in greater knowledge not only about the physical aspects of the phenomenon, but about numinous dimensions as well?

And might not this opening of consciousness enable us to learn of unseen realities now obscured by our too limited epistemology, allowing us to rediscover the sacred and the divinity in nature and in ourselves?

  • John E. Mack, M.D. was a Pulitzer Prize-winning author and professor of psychiatry at Harvard Medical School.

© 1996 John E. Mack, M.D.
Originally published in PEER Perspectives No. 1, 1996.



Una scienza del non sapere

John E. Mack, M.D.

Nonostante lo scetticismo ufficiale ed anche il cinismo nei media, del governo e del mondo scientifico, deve essere evidente a molti americani che qualcosa di straordinario – almeno dal punto di vista della visione del mondo occidentale – sta succedendo. Nessuna spiegazione convenzionale per le migliaia di casi di incontri con esseri alieni è stata sufficiente e questo rimane vero nonostante il fatto che gli esperienti stessi avrebbero, con rare eccezioni, dato il benvenuto a qualsiasi spiegazione diversa dall’essere visitati senza il loro consenso da creature umanoidi provenienti da un altro luogo.

Eppure il dibattito che è dedicato al fenomeno delle abductions rimane concentrato in gran parte sulla questione del se sia o no reale, nel senso strettamente fisico. Alcuni scettici sostengono addirittura o implicano che la prova fisica della realtà del fenomeno non è conforme allo standard di prova scientifica, quindi possiamo presumere per scopi pratici che non esista affatto.

Ma cosa succede se il fenomeno fosse sottile, nel senso che può manifestarsi nel mondo fisico, ma derivando da una fonte che, per sua natura, non può fornire il tipo di prove concrete che soddisferebbe gli scettici, per i quali la realtà è limitata al materiale? Se è così, staremmo perdendo l’opportunità di imparare e crescere come specie, rimanendo così sposati con una epistemologia della prova fisica?

Che cosa succede se, invece, dovessimo riconoscere che il fenomeno abduction è intrinsecamente misterioso e, in ultima analisi, oltre il nostro quadro attuale delle conoscenze? E se dovessimo ammettere la nostra perplessità davanti a questo mistero?

Non potrebbe un tale atteggiamento di umiltà diventare, paradossalmente, un modo per allargarci su ciò che potrebbe poi essere appreso? E’ possibile che l’adozione di un atteggiamento aperto possa portare ad una maggiore conoscenza non solo sugli aspetti fisici del fenomeno, ma anche sulle dimensioni numinose?

E non potrebbe questa apertura della coscienza permetterci di conoscere delle realtà invisibili ora oscurate dalla nostra epistemologia troppo limitata, che ci permetterebbero di riscoprire il sacro e la divinità nella natura e in noi stessi?

  • John E. Mack, M.D. Autore vincitore del Premio Pulitzer e professore di psichiatria alla Harvard Medical School

© 1996 John E. Mack, M.D.
Originally published in PEER Perspectives No. 1, 1996.
Tradotto in italiano da Richard per Altrogiornale.org



A Ciência do Não Saber

John E. Mack, M.D.

Apesar do cepticismo oficial, e até de cinismo por parte dos meios de comunicação, do governo e de círculos científicos, deverá ser evidente para muitos americanos que algo de extraordinário – pelo menos do ponto de vista da visão Ocidental do mundo – está a acontecer. Nenhuma explicação convencional para os milhares de casos relatados de encontros com seres extraterrestres tem sido suficiente – e isto continua a ser verdade apesar do facto de que os próprios experienciadores, com raras excepções, até iriam acolher bem qualquer outra explicação que não seja a de que eles estão a ser visitados, sem a sua autorização, por criaturas humanóides vindas de outra parte.

Ainda assim, o debate que é consagrado ao fenómeno da abdução por OVNIs permanece largamente centrado na questão de saber se o fenómeno é ou não real no sentido estritamente físico. Alguns cépticos até declaram ou insinuam que uma vez que as provas materiais para a realidade do fenómeno não satisfazem os critérios de prova científica podemos, para efeitos práticos, presumir que o fenómeno não existe de todo.

Porém, e se o fenómeno for subtil no sentido de se poder manifestar no mundo físico mas provir de uma fonte a qual não pode, pela sua própria natureza, oferecer o tipo de prova irrefutável capaz de satisfazer os cépticos para os quais a realidade é limitada ao mundo material? Se assim for, não poderemos estar a perder uma oportunidade de aprender e de evoluir enquanto espécie, ao permanecer tão aferrados a uma epistemologia de provas materiais?

E se, em vez disso, reconhecêssemos que o fenómeno da abdução é intrinsecamente misterioso e que, em última análise, o fenómeno está para além do nosso actual quadro geral do conhecimento? E se admitíssemos a nossa perplexidade perante este mistério?

Não poderá uma tal atitude de humildade tornar-se, paradoxalmente, numa via de aprofundamento do que poderá então ser aprendido? Será possível que a adopção de uma atitude de abertura possa resultar num maior conhecimento, não apenas sobre os aspectos físicos do fenómeno, mas também sobre dimensões numinosas?

E não poderá esta abertura do consciente permitir que fiquemos a conhecer realidades invisíveis, realidades presentemente obscurecidas pela nossa epistemologia demasiado limitada, possibilitando a redescoberta do sagrado e do divino na Natureza e em nós próprios?

  • John E. Mack, M.D. foi um autor galardoado com o Prémio Pulitzer e professor de Psiquiatria na Harvard Medical School.

© 1996 John E. Mack, M.D.
Texto original publicado em PEER Perspectives No. 1, 1996.
Translation by Helena Rabaça Küller